terça-feira, 31 de agosto de 2010

Renato Sampaio assume como prioridade "uma nova política florestal" para o distrito

Porto, 31 ago (Lusa) - O atual líder da Federação Distrital do PS/Porto, que se recandidata ao cargo, assumiu hoje como prioridade "uma nova política florestal", apresentando um conjunto de propostas nessa área.

Em conferência de imprensa, Renato Sampaio criticou quem utiliza os incêndios para fazer "demagogia política" afirmando que o PS do Porto irá assumir "uma nova 'narrativa' que coloque a floresta e a suas fileiras no centro do debate".

O candidato propõe "a elaboração do cadastro predial rústico como uma das medidas a concretizar em todo o distrito nos próximos dez anos", considerando que esse conhecimento permitirá "um emparcelamento do território florestal mais rápido, uma política fiscal penalizadora do absentismo e a gestão concessionada de territórios dependentes da administração florestal".

O candidato considerou ainda "urgente" a definição de "uma política descentralizada de certificação florestal, que possa incluir os municípios, concedendo-se apoio técnico local e garantindo que até 2020 se atingirá 30 por cento do território florestal certificado".

"O PS, como partido de Governo, não pode deixar de promover a integração vertical das fileiras. Assim, desenvolverá todos os esforços no sentido de garantir a existência de 'centros de fileira' onde produtores e transformadores possam desenvolver programas de investimento e garantia de médio/longo prazos", considerou.

Renato Sampaio acrescentou que, caso vença as eleições de outubro, a Federação Distrital do PS/Porto irá "constituir um centro de estudos das fileiras florestais" para acompanhamento das suas propostas.

O distrito do Porto, com uma área de 233.127 hectares, distribuídos por 18 concelhos, detém uma área florestal superior a 90 mil hectares (40 por cento da área total).

Tendo em conta que a percentagem dos espaços florestais é variável de concelho para concelho, o candidato frisou que é "extremamente pertinente" para o futuro florestal do distrito do Porto a realização de "um estudo que permita avaliar a capacidade de aglutinação de unidades adjacentes pelas unidades de maior importância, com o desígnio de criar unidades de gestão com dimensão significativa".

Renato Sampaio defendeu ainda que as Zonas de Intervenção da Floresta podem ser "um elemento chave para o desenvolvimento de uma floresta sustentável no distrito".

PM.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico ***

Lusa/fim