Um PS Porto Positivo. Eis o slogan que melhor ilustra o trabalho da FDP no últimos 4 anos.
Olhando para esse trajecto, somos levados a concluir que o balanço é francamente Positivo, tanto mais se recordarmos o estado em que se encontrava a FDP em 2005.
O Renato Sampaio conseguiu unir o partido, implementou uma postura responsável e credível na relação com o Governo (não folclórica e populista), construiu uma plataforma interventiva na gestão dos dossiers de interesse distrital (basta olhar para os inúmeros investimentos encaminhados para todos os concelhos!), aprofundou o debate sobre o distrito, a região e o país, criou o espaço político para uma nova geração, respeitou a memória do partido e soube mobilizar os socialistas do Porto para momentos determinantes como aqueles que foram vividos no Pavilhão do Académico e, mais recentemente, na Alfândega.
Mas vamos aos resultados eleitorais!
Desde 1989 que o PS vinha a perder mais Câmaras do que as que ganhava. Partimos com 12 e definhamos até às 6 em 2001 e 2005. Pois bem, desta vez o PS subiu de 6 para 7 e, após 20 anos, reentramos numa trajectória positiva com mais câmaras, mais vereadores, mais deputados municipais, mais juntas e mais representantes nas assembleias de freguesia. Melhoramos os resultados das autárquicas porque houve estratégia e empenho da FDP na procura das melhores candidaturas para cada concelho. Contra algumas vozes internas (hoje rezam para que certas declarações caiam no esquecimento), redobramos a confiança política no camarada Guilherme Pinto e tornamos a ganhar a Câmara no cenário eleitoral mais difícil de sempre em Matosinhos. E já agora, lembram-se quem defendia a candidatura da Maria José Azevedo à Câmara de Valongo?!
Pela primeira vez, o melhor resultado distrital do PS foi obtido no Porto. Será que isto foi obra do acaso? Certamente que não. Acredito que o contributo dos socialistas do Porto, começando pela acção política da FDP, foi determinante para este resultado histórico.
Em prefeita sintonia com a Federação de Aveiro e mesmo não tendo a maioria dos deputados municipais, vencemos as eleições para a Assembleia Metropolitana do Porto e reconquistamos a sua presidência, passo fundamental para a afirmação do nosso projecto metropolitano.
É a hora de olhar o futuro. Abre-se agora um novo ciclo, é verdade. Mas, ao contrário de 2005, este novo ciclo não parte em prejuízo. Parte, sim, em significativa vantagem pelos resultados obtidos nos últimos 4 anos.
Um outro plano deste novo ciclo, senão o mais importante, é o quadro político nacional. O PS governa com maioria relativa. A AR é dominada por uma maioria absoluta negativa (PSD, CDS, PCP PEV e BE) que persegue o único objectivo de destruir a liderança do Governo, revelando-se incapaz de apontar um caminho alternativo para o país. Com maioria relativa e a enfrentar a crise internacional mais severa dos últimos 80 anos, o PS têm de estar à altura deste novo ciclo, mais exigente e mobilizador. Devemos concentrar as nossas energias na procura da melhor bissectriz entre as opções do Governo e a defesa da nossa região. Todavia, não devemos cair na tentação de comportamentos populistas e irresponsáveis só para satisfazer pequenos feudos eleitorais internos. Nunca esqueçamos que a oposição no distrito tem sede noutros partidos.
Mais do que nunca, por um PS Porto Positivo.
João Paulo Correia