Este pequeno texto plasma um vasto conjunto de argumentos de apoio à recandidatura do Renato Sampaio, centrando-se somente na relação da Federação com Gaia.
Até há 4 anos atrás, Gaia não tinha peso político na Federação, pelo menos proporcional à sua grandeza militante e eleitoral. Gaia não era respeitada! Esta frase era um lamurio recorrente. Lembramo-nos bem disso. As razões prenderam-se sempre com a permanente divisão da concelhia no apoio aos candidatos e à falta de uma estratégia conjunta. Em todas as disputas para a Federação os concorrentes dividiram apoios na nossa concelhia. Dividir para reinar. Isto significava peso zero, saldo nulo para o exterior.
A inversão deste ciclo teve origem há 4 anos quando apoiamos em bloco o Renato Sampaio.
Vamos ao balanço. Comecemos por recordar a relação da Federação com Gaia até 2005.
Os Presidentes da FDP não atendiam o telefone, não falavam com as estruturas, não se articulavam com os dirigentes e raramente compareciam em Gaia. A FDP não promovia qualquer acção em Gaia, não se aliava à concelhia no combate ao PSD, não tratava dos dossiers de interesse concelhio (incluindo investimentos) e desresponsabilizava-se pelo processo autárquico. A agravar este défice, Gaia só tinha um deputado e não tinha protagonistas nos organismos desconcentrados. Gaia não era respeitada!
Nos últimos 4 anos o Renato esteve sempre contactável, percorreu Secções, reuniu com o PS Gaia por inúmeras vezes, esteve presente em reuniões da CPC e actuou sempre em estreita articulação com a concelhia. Isto nunca tinha acontecido.
A FDP realizou diversas e importantes acções políticas em Gaia, nomeadamente a Universidade de Verão (Jorge Coelho, António Vitorino e Fernando Gomes) e diversas sessões com membros do Governo (Maria de Lurdes Rodrigues, Ana Paula Vitorino, Vieira da Silva, etc.), que serviram para valorizar a nossa estrutura concelhia no contexto distrital e nacional. Isto nunca tinha acontecido.
A sede nacional, por proposta do Renato, apoiou fortemente as obras de beneficiação das sedes das duas maiores secções de Gaia – Mafamude e Santa Marinha. Um claro voto de amizade e confiança aos socialistas gaienses. Isto nunca tinha acontecido.
O Renato esteve sempre ao lado da concelhia no combate ao PSD.
Esteve na CPC que deliberou suspender do Grupo Parlamentar do PS da Assembleia Municipal, por indisciplina de voto, os então Presidentes de Junta de Gulpilhares, Grijó e Sermonde. Deu a cara, assumiu e partilhou o ónus político com a concelhia. Não fugiu à responsabilidade, como seus anteriores sempre fizeram! Aliás, pela primeira vez, a FDP, através da Comissão de Jurisdição, deliberou suspender militantes (de Gaia) por actos de indisciplina partidária. Foi uma mudança de atitude que veio instituir decência no relacionamento político dentro da concelhia. Isto nunca tinha acontecido.
Quando os acima referidos se demitiram do PS arrastaram dezenas de militantes, cúmplices no processo, com a intenção de provocar a dissolução das respectivas Secções e consequente fragilização local do partido. Era imperioso impedir este assalto. Foi exactamente esta a intervenção do Presidente da Federação. Uma vez mais, foi solidário e interventivo. Isto nunca tido acontecido.
No episódio da Escarpa da Serra do Pilar, a actuação do Renato foi de total cooperação e solidariedade política com a concelhia. Em nome do partido, e ao lado do Presidente do PS Gaia, deu uma conferência de imprensa na defesa dos moradores da Escarpa. O empenho e a acutilância desse combate “deu-lhe” uma queixa judicial apresentada pelo vice-presidente da CMG, Marco António Costa! Lembram-se de outro Presidente da Federação que se tenha atravessado tanto no combate político em Gaia?
A luta contra a CMG por causa do corte das verbas dos protocolos de transferências de competências exigiu imenso dos autarcas do PS Gaia. Foi o combate mais duro e desigual alguma vez travado pela concelhia. Foram centenas de horas de longa discussão em busca de saídas. Nesse combate não estivemos sozinhos. Tivemos de tudo. Bons e maus comportamentos. Mas tivemos solidariedades inexoráveis. O papel do Renato foi irrepreensível. Por dezenas de vezes pôs-se a caminho na procura de soluções. Esteve sempre disponível e conseguiu abrir algumas portas. Não é estranho o facto de todos os camaradas, directa e indirectamente associados a este processo, apoiarem o Renato, com a excepção do ex-presidente da Junta de Canelas. Não conseguimos uma solução estrutural para o problema, mas fomos conseguindo pequenas soluções, importantes para aguentar as Juntas até às eleições. Foi assim com a GNR em Canelas, que passou a pagar renda pelas instalações cedidas pela Junta, e foi assim com os Centros de Saúde da Madalena e de Olival, que também passaram pagar renda pelas instalações cedidas pelas Juntas.
Num outro plano, mas na mesma linha de apoio às Juntas do PS, a acção política do Renato, na qualidade de deputado, foi decisiva na captação de investimentos para Gaia. Foi assim com a via paralela à A29 em Canelas (obra determinante para a freguesia e no valor de 1,5 M€). Foi assim no apoio às IPSS Cooperativa Social “Sol Maior” (Oliveira do Douro), Madalena Social e Olival Social. Foi assim nos equipamentos sociais de Oliveira do Douro, Madalena e Olival (lares, creches e centros de dia). Foi assim na esquadra de atendimento da PSP em Vilar de Andorinho.
Em plano macro, foi também com o apoio do Renato que conseguimos sensibilizar o Governo a decidir pela expansão da rede de metro à Vila D’Este. De igual forma quando o Governo decidiu por um novo hospital Gaia-Espinho, bem como pela sua localização. Isto nunca tinha acontecido.
A força política de uma concelhia prende-se, também, pela diversidade e capacidade dos seus rostos e protagonistas. A partir de 2005 começamos a ter mais protagonistas no patamar distrital, alguns deles em sectores importantes como os organismos desconcentrados. Hoje, a massa crítica da concelhia é bem mais interventiva. Esta realidade não é casual. É fruto de uma estratégia distrital, encabeçada pelo Renato, de gerar novos protagonistas, uma nova geração distrital, com vista a lançar as bases de um PS de futuro. É o tal caminho positivo que merece ser seguido. Isto nunca tinha acontecido.
O processo autárquico de Gaia foi conduzido em total cooperação com o Renato. Não foi uma imposição distrital nem uma escolha isolada da concelhia. Muito pelo contrário. O perfil do candidato foi definido pela concelhia e a escolha do protagonista foi da autoria conjunta da concelhia e do Renato. Ao invés do passado, desta vez o Presidente da Federação procurou a melhor solução disponível em função do perfil. Tivemos um bom candidato. Fizemos uma boa campanha, apesar do resultado menos condizente. Independentemente do juízo que cada socialista gaiense possa fazer do mérito do candidato e da campanha, há uma ganho extra inegável – pela primeira vez desde que estamos na oposição, o Presidente da Federação responsabilizou-se pelo processo de Gaia. Isto nunca tinha acontecido.
Por fim, e talvez o mais importante exemplo da relação da Federação com Gaia, a nossa concelhia passou a ter 3 deputados na Assembleia da República. Esta conquista deve-se, sobretudo, ao Renato. Hoje, Gaia tem peso político na Federação, pelo menos proporcional à sua grandeza militante e eleitoral.
Gaia passou a ser respeitada! Houve uma mudança muito positiva na relação da Federação com Gaia. Ganhou o PS. É nesse caminho de ganho que devemos continuar.
Um PS Porto Positivo.
Apoiantes de Vila Nova de Gaia